
O Solare – Softwares Livres para Arquitetura e Engenharia – é um programa de entidades que tem por objetivo fomentar o uso e o desenvolvimento de softwares livres necessários à prática da arquitetura, urbanismo e engenharia.
Softwares Livres existem por meio de duas comunidades: a comunidade de usuários – os profissionais de arquitetura e engenharia – e a comunidade de desenvolvedores. Na interseção entre ambas, estão os profissionais que auxiliam no desenvolvimento dos softwares. O Solare visa a estimular a formação e organização da comunidade de usuários de modo a manter uma comunidade de desenvolvedores de acordo com seus propósitos.
O que é software livre
Segundo a Free Software Foundation, o software livre é aquele que respeita a liberdade e o senso de comunidade dos usuários. Isso significa que os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. Um programa é software livre se os usuários possuem as quatro liberdades essenciais:
- A liberdade de executar o programa como você desejar, para qualquer propósito.
- A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito.
- A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar outros.
- A liberdade de modificar e aperfeiçoar o programa, distribuindo-o. Desta forma, você pode dar a toda comunidade a chance de se beneficiar de suas mudanças. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito.
Por que devemos fomentar o uso e o desenvolvimento de softwares livres?
- Controle das categorias profissionais dos formatos, configurações e produtos relacionados a sua produção técnica e artística;
- Mobilização das categorias por seus direitos, fortalecendo as entidades de classe;
- Fomento à padronização de métodos de trabalho por diversas categorias profissionais, permitindo a intercambiabilidade de informações segundo métodos normatizados;
- Estabelecimento de protocolos de atualização, permitindo compatibilidade entre arquivos gerados por versões diferentes do mesmo software, reduzindo perdas e custos com obsolescência programada pela indústria;
- Estabelecimento de padrões e protocolos coletivos de arquivamento e leitura de informação a longo prazo, preservando nossa memória;
- Fomento à pesquisa nas Universidades;
- Transparência dos códigos-fonte dos programas, garantindo privacidade e evitando o vazamento indevido de informações.
- Possibilidade de desenvolvimento de softwares livres e gratuitos, reduzindo drasticamente o custo de manutenção dos escritórios;
- Evita que os profissionais sejam apenados por uso de softwares “piratas” hoje cada vez mais rastreáveis pelas grandes companhias, que podem acionar os usuários judicialmente – e o têm feito com frequência cada vez maior.
Plano de trabalho preliminar
- Desenvolvimento do projeto Solare junto a outras entidades – é fundamental envolver aquelas ligadas ao ensino e pesquisa;
- Realização de atividades de formação capazes de criar comunidades de interessados no uso, difusão e desenvolvimento de softwares livres;
- Criação de um portal de centralização de propaganda, debates, campanhas, capaz de informar os profissionais sobre todos os softwares livres indicados fomentando a criação e o financiamento de comunidades de desenvolvedores dos softwares;
- Desenvolver padrões de trabalho e de comunicação entre os softwares adotados.
Expediente
Coordenação: Danilo Matoso Macedo, Arquiteto e Urbanista, FNA
Redação: Allan Brito, Arquiteto e Urbanista – Open Design Architect
Divulgação: Kimberly Winhesky, Jardine Comunicação, FNA
Entidades

Abea
Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo

FENEA
Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil