Softwares livres são muitas vezes associados a softwares gratuitos, e de fato essa é uma das características de muitos deles. Mas, isso está longe de ser o proncipal diferencial dessas ferramentas que ajudam muito no trabalho em projetos de arquitetura. Quando falamos em software livre, estamos geralmente nos referindo ao tipo de licença que rege o uso daquela ferramenta.
Uma das licenças mais populares é a GNU-GPL. Essa licença foi elaborada pela Free Software Foundation e rege o desenvolvimento de vários dos softwares mais conhecidos. Alguns dos softwares que usam a GNU-GPL, por exemplo, são: Blender, GIMP, FreeCAD ou Inkscape
O que diz essa licença? Além de garantir a distribuição do código-fonte desses softwares, ela determina que qualquer alteração usando essa base seja redistribuída com os mesmos termos.
Isso impede que uma entidade ou pessoa se apodere desse código e crie versões fechadas das ferramentas desenvolvidas de modo aberto.
Por exemplo, se você decidir fazer uma contribuição ao código do FreeCAD, o seu trabalho precisa ser disponibilizado da mesma forma. Como você fez uso de código compartilhado por outras pessoas usando a GNU-GPL, é preciso seguir as regras da licença também compartilhar da mesma forma.
Isso é uma garantia de que todos têm acesso ao conhecimento compartilhado.
Vantagens e desvantagens
As vantagens no uso desse tipo de licença são evidentes e amplamente conhecidas, mas podemos elencar alguns destaques:
- Garantia de desenvolvimento constante;
- Acesso ao código para validação;
- Contribuições abertas a qualquer pessoa;
- Perpetuação do conhecimento;
- Acesso ao código por parte de estudantes e pesquisadores.
Existem pontos negativos? Claro que sim! Uma das reclamações em relação ao uso do GNU-GPL é a impossibilidade de expandir os softwares aproveitando ferramentas fora do arcabouço legal da GPL. Por exemplo, não é possível misturar partes de um software usando GNU-GPL com outros regidos por licenças fechadas.
Para tentar resolver essas dificuldades foram criadas outras licenças de software além da GNU-GPL:
Quando você for realizar o download de um software livre é sempre interessante conferir a licença. As diferenças entre elas são consideráveis.
Por exemplo, uma das mais populares e permissivas licenças depois da GNU-GPL é a MIT. Aqui temos apenas uma obrigação, que é incluir uma cópia da licença ao distribuir o software. Qualquer pessoa pode copiar, modificar e vender o software sem nenhum tipo de restrição. Basta que você informe a licença que estará coberto legalmente.